Artigo

Precisava de ver uma estrela cadente

Precisava de ver agora uma estrela cadente para lhe pedir forças, para poder enfrentar mais um fim de tarde, mais uma noite. Não sei se aguentarei, tenho medo de enfrentar a solidão mais um dia, num silêncio que mata por dentro, por te amar perdidamente.

Iria pedir-lhe para me dar uma nova vida, porque não consigo suportar toda a dor que sinto em mim. Tenho quase a certeza que te perdi, o destino quis que assim fosse, encheu-me de medos e agora de dor, quando eu só pedia amor e continuo a sentir um amor tão verdadeiro.

Precisava de um rasto de luz, de um motivo para apoiar todo o meu edifício que está prestes a cair, por ser um humano, e por tu seres os meus alicerces, por teres desaparecido da minha vida, eu que te amava e amo sem fim.

Sonho demasiado alto quando sei que não tenho condições para voar porque as minhas asas são o teu amor que não tenho, amo demais para saber que no fim magoo-me por ser uma pessoa não amada por quem eu amo, um amor não correspondido.

Todos os dias a dor aumenta, sem um sinal de ti, sem um motivo para voltar a acreditar em mim.

Passei o dia todo a amar-te, a sorrir para ti sem saberes, as tuas fotos sabem se lhes perguntares, mas para quê se chego ao fim do dia e o peito esfola-se de dor, por saber que estás longe com alguém que decerto te faz feliz.

Neste momento sofro, vivo no silêncio do vazio e ouvir-me a mim próprio a ecoar o teu nome no meu pensamento no cimo da montanha cheia de pedras que tentei tirar do meu caminho, com lágrimas a cair por toda a minha secretária.

Vingo-me no tempo, tento culpar o tempo pelo meu fim, mas o tempo sabe que o culpado fui eu.

Olho para mim só consigo ver dor, que se espalha pelos cantos do meu quarto como pó acumulado, pó de amor que está lá há mais de um ano, e estará enquanto eu suportar esta dor, enquanto suportar a minha vida.

Não consigo ser alguém sem ti!

23 JAN, 2017 0

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